quarta-feira, 23 de abril de 2014

meus pés, minhas asas...

Sustentam com leveza 
todo o peso do meu corpo
corajosos, resistentes
seguem as pistas do mundo meu
ora vívidos,ora estagnados
tateiam meu escuro
desenham meu caminho
despem-se
vestem-se
mas,
obedecem
sempre...
com eles abro trilhas
deixo pegadas
driblo espinhos
vivo  minhas  jornadas
sinto as águas
arredias ou serenas
rabisco a areia
em traços desimpedidos
mapeio o vento rumo às Ítacas
as minhas Ítacas
sinto frio
sinto o fogo
sinto  vida
o caminhar é o meu presente
e um presente dos deuses.

Renata

quarta-feira, 12 de março de 2014

o poetinha...







Rabisca às entrelinhas
aquilo que sente e quer
 metáfora, sentimento
interpreta quem puder.

Pode se fazer bem claro
pode mesmo confundir
pode anoitecer o dia
pode a noite amanhecer
pode o feio enfeitar
pode o belo distorcer.

Assim vive o poetinha
às letras o divã seu
no papel a extravasar
no poema o apogeu.

Oh inquieto poetinha
sossega esse coração
faz musa a poesia
faz do menino sultão.

Na tristeza
na alegria
pinta à folha
com seus versos
da vida
tem maestria
o amor:
seu universo.

Renata