quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A sereia e a bicicleta..


Ela deslizava sob a estrada,
apostando corrida com o vento,
Seu velocímetro ia a mais de mil,
o coração ligado, sem fio.

Todos a fitavam como a um anjo,
que pintava aquela imagem delicada e sutil,
aplaudiam extasiados,
como  pintura de Monet
 ou uma cena de Felinni,
ah,espero que esses versos rimem.

Seguiam abarrotados delirantes,
encantados pela visão que lhes enfeitava a realidade dos dias,
registrando a todo instante,
esse lépido momento
de pura poesia.

Os pássaros iam e vinham agitados,
Os peixes suplicavam-lhe que se refrescasse em sua morada,
mas, a musa,
plácida seguia,
sua lúcida jornada.

Sem piscar nenhum instante,
seu cabelo o sol refletia,
sem nunca olhar para trás,
no horizonte longe se ia.

A dona desse sarau,
nem marcas no chão deixou,
levando pro resto dos dias,
as rédias do meu amor.


Renata

pequeno audaz...




Somente pela lente sua,
pequena grande beleza tornava,
aquela coragem que nunca faltava,
eterno beijo roubado ,
olhar de curumim,
ai de mim,
bonito por natureza,
índio,com toda certeza,
o tempo passou,
os dias correm aflitos,
herméticos sentimentos ressuscitados,
nunca existiu amor mais dedicado
alguém já me disse : _Cuidado!
desejos,feitiços
sonhos mal desenhados,
memória,
simples atalho.
sua verdade,
em baralho,
e daquela meia lua,
nova,
cheia ,minguante.
interlocutora errante,
não deixa apagar o caminho,
que o meu pensamento sozinho,
um filme sem fim abrigou .

Renata (não se deseja mal a quem se disse um dia amar.....)