
Ela deslizava sob a estrada,
apostando corrida com o vento,
Seu velocímetro ia a mais de mil,
o coração ligado, sem fio.
Todos a fitavam como a um anjo,
que pintava aquela imagem delicada e sutil,
aplaudiam extasiados,
como pintura de Monet
ou uma cena de Felinni,
ah,espero que esses versos rimem.
Seguiam abarrotados delirantes,
encantados pela visão que lhes enfeitava a realidade dos dias,
registrando a todo instante,
esse lépido momento
de pura poesia.
Os pássaros iam e vinham agitados,
Os peixes suplicavam-lhe que se refrescasse em sua morada,
mas, a musa,
plácida seguia,
sua lúcida jornada.
Sem piscar nenhum instante,
seu cabelo o sol refletia,
sem nunca olhar para trás,
no horizonte longe se ia.
A dona desse sarau,
nem marcas no chão deixou,
levando pro resto dos dias,
as rédias do meu amor.
Renata